"Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,
Soluçando nas trevas, entre as grades
Do calabouço olhando imensidades,
Mares, estrelas, tardes, natureza.
Tudo se veste de uma igual grandeza
Quando a alma entre grilhões as liberdades
Sonha e, sonhando, as imortalidades
Rasga no etéreo o Espaço da Pureza.
Ó almas presas, mudas e fechadas
Nas prisões colossais e abandonadas,
Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!
Nesses silêncios solitários, graves,
que chaveiro do Céu possui as chaves
para abrir-vos as portas do Mistério?!"
Minha Mãe simplesmente ODEIA melancolia poética. Ela sempre me lançava um leve olhar de censura quando percebia o que eu estava lendo, sem nunca contudo, criticar.
Esse sofrimento me encanta e me faz refletir, nem sei como expressar, mas é assim mesmo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário