
"Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...
E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar..."
A primeira vez que li esse poema, numa aula de Português da 7ª aérie, fiquei tão abobada, que depois de acabar a leitura em voz alta para a classe, as palavras se esvaíram da minha garganta e eu não pude comentar que havia lido conforme a proposta dada pela professora, até ler e reler a obra em voz baixa e sorrir internamente.
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