
"Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo, acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja esta mão vil que te afaga,
Escarra nesta boca que te beija!"
Ah, que tempos esses de andar por cemitérios toda de preto. Que bom que passou, embora tenha aprendido muito sobre "o sofrimento como fonte maior de inspiração", mas depois que crescemos e amadurecemos, damos conta de que há outras fontes de inspiração menos tristes e menos doloridas onde podemos buscar idéias, né Amãnda? ^^
É sim!! ^_^
ResponderExcluirHoje eu vejo com os olhos limpos (talvez lavados pelo pranto, tão freqüente naquele tempo) que há, sim, muita beleza na tristeza, mas sei que não é preciso ser o tempo todo tristeza para viver essa beleza.
Ainda hoje seu Augusto me encanta!